Tony Bennett, cantor norte-americano de traditional pop standards, show tunes, e jazz.

Vozes como a de Tony Bennett são eternas. Ele morreu em 2023, aos 96 anos. Durante sua carreira de mais de 70 anos, transformou músicas em histórias que tocam corações de todas as idades.

Ele ganhou 20 Grammys, incluindo um de “Melhor Artista do Ano” em 2001. Vendeu mais de 60 milhões de discos, deixando um legado cultural. Em 2022, ganhou seu último Grammy com Lady Gaga em “Love For Sale”, mostrando sua paixão pelo tradicionalismo.

Suas conquistas vão além dos prêmios. Ele foi um dos guardiões do traditional pop, ao lado de Frank Sinatra e Billie Holiday. Gravou clássicos de Cole Porter e George Gershwin, e até adaptou “Quiet Nights of Quiet Stars” de Tom Jobim.

Até seu último show, em 2021 com Lady Gaga no Radio City Music Hall, ele manteve sua paixão. Para ele, a música era uma herança a ser passada.

História e Início da Carreira de Tony Bennett

tony bennett em 2003

Anthony Dominick Benedetto nasceu em 3 de agosto de 1926, em Astoria, Queens. Desde cedo, a música era essencial para ele. Sua família italiana, de Calábria, apoiava seu talento.

Suas raízes culturais e sonhos americanos se encontravam em seu canto. Seu pai, Giovanni, e sua mãe, Anna, viam seu canto como uma ponte entre culturas.

Infância e Formação

Ele estudou na New York High School of Industrial Arts. Aos 10 anos, já cantava em eventos, como a inauguração do Triborough Bridge. Durante a Segunda Guerra, seu serviço no Exército mudou sua visão artística.

Ele viu a libertação de um campo de concentração em Landsberg. Essas experiências marcaram sua vida. Após a guerra, melhorou sua técnica vocal no American Theatre Wing.

Trabalhou como garçom cantor em restaurantes italianos para ajudar sua família.

Primeiros Passos na Música

Em 1949, Bob Hope sugeriu o nome “Tony Bennett”. Em 1950, seu contrato com a Columbia Records lançou “Because of You”. Esse hit vendeu 1 milhão de cópias.

Em 1951, a canção alcançou o topo das paradas. Isso marcou o início de uma discografia duradoura.

  • 1950: Primeiro álbum com a Columbia Records.
  • 1951: “Because of You” torna-se seu primeiro #1.
  • 1956: Apresenta o The Tony Bennett Show, substituindo o programa de Perry Como.

Seu comprometimento com a perfeição vocal consolidou sua reputação. Cada show, seja em clubes ou teatros, reforçava seu lugar como um que unia técnica e emoção. Esses primeiros anos traçaram a base para uma que ultrapassaria 100 álbuns.

Legado e Influência no Mundo da Música

A influência de Tony Bennett no jazz e pop tradicional é imensa. Ele tem mais de 50 anos de carreira. Isso o fez um símbolo da autenticidade musical, mantendo os standards americanos vivos.

Suas conquistas incluem 19 Grammys e o Lifetime Achievement Award. Ele também recebeu o título de Mestre do jazz pelo National Endowment for the Arts. Isso mostra sua importância histórica.

  • 20 prêmios Grammy e dois Emmys.
  • Homenageado no Kennedy Center Honors (2006) e no Rock and Roll Hall of Fame (1990).
  • Gravou mais de 100 álbuns, vendendo mais de 50 milhões de discos globalmente.

Seu diálogo com o jazz brasileiro foi marcante. A versão de “Quiet Nights of Quiet Stars” (1962), com músicas de Antonio Carlos Jobim, mostrou sua paixão pelo gênero. Em 2014, o álbum Cheek to Cheek com Lady Gaga trouxe seu legado para novas audiências, conquistando um Grammy. “Ele captou a alma do jazz como poucos”, disse a artista em entrevista.

“Tony Bennett é a ponte entre o swing dos anos 50 e a música contemporânea.”
— Billboard, 2015

Sua técnica vocal inspirou artistas como Frank Sinatra e Adele. Parcerias com Elton John, Barbra Streisand e João Gilberto também mostram sua influência. Até 2021, seu repertório de baladas e standards continua sendo um referencial. Isso garante que o jazz e o pop clássico vivam nas novas gerações.

Explorando os Standards, Show Tunes e Jazz

tony bennett

Desde os anos 1950, standards clássicos são a base da carreira de Tony Bennett. Ele transformava canções como “Because of You” (1951) em declarações de pureza vocal. Cada interpretação mostrava sua paixão por preservar a essência das obras.

Interpretando os Standards

  • “The Touch of Your Lips” (1975): Ao lado de Bill Evans, Bennett mesclou swing e delicadeza, destacando a harmonia entre voz e piano.
  • “Rags to Riches” (1953): A canção, incluída em “Os Bons Companheiros” (1990), provou sua capacidade de conectar standards a narrativas cinematográficas.

A Versatilidade no Jazz

Sua relação com o jazz foi marcada por ousadia. Em 1963, Quiet Nights of Quiet Stars trouxe versões em inglês de “Corcovado” e “Insensatez” de Tom Jobim, revelando sua admiração pela bossa nova. A gravação de “How Insensitive” (1965) destacou seu respeito pela cultura musical brasileira.

Parcerias inesquecíveis, como “Body and Soul” com Amy Winehouse (2011), mostraram como Bennett reinventava standards mesmo no século XXI. Cada nota, cada frase, contava histórias que atravessaram gerações sem perder a autenticidade.

Tony Bennett e o Impacto dos Prêmios Grammy

Os Grammy fizeram de Tony Bennett uma lenda da música. Ele ganhou 20 prêmios, unindo diferentes gerações e estilos. Seu álbum Unplugged, de 1995, mostra como ele renova clássicos.

  • 3 vitórias consecutivas (1993-1995) no Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional;
  • Grammy de 2012 com Amy Winehouse por “Body and Soul”;
  • Em 2015, Cheek to Cheek com Lady Gaga conquistou o Grammy na mesma categoria;
  • Em 2001, recebeu o Grammy Lifetime Achievement Award.

As parcerias de Tony Bennett também foram reconhecidas. Álbuns com Paul McCartney, Aretha Franklin e Bono, do U2, ganharam prêmios. Em 2021, ele lançou Love for Sale aos 94 anos, com Gaga, quebrou um recorde no Guinness.

Essas premiações são mais que troféus. Elas mostram seu compromisso com a excelência. Com 61 discos e 20 Grammy, Bennett provou que o jazz e os standards são eternos. Ele ganhou até um Emmy e uma estrela no Hall da Fama da Música, mas os Grammy são símbolos de seu diálogo contínuo com gerações.

Clássicos Imortais: ‘I Left My Heart in San Francisco’ e ‘The Best is Yet to Come’

tonny bennett em apresentacao 1

Na carreira de Tony Bennett, duas canções são muito especiais. São ‘I Left My Heart in San Francisco’ e ‘The Best is Yet to Come’. Essas músicas mostram sua habilidade vocal e sua capacidade de tocar o coração do público.

Análise da Canção

‘I Left My Heart in San Francisco’ foi escrita em 1953 por George Cory e Douglass Cross. Bennett a gravou em 1962. A primeira vez que tocou foi no Fairmont Hotel, diante do prefeito de São Francisco.

A música tocou o coração de todos. Em 2018, a Biblioteca do Congresso dos EUA a reconheceu como um clássico. Eles disseram que ela mostra a cultura de uma época e merece ser preservada.

‘The Best is Yet to Come’ foi escrita em 1959 por Cy Coleman e Carolyn Leigh. Frank Sinatra a gravou em 1964 com a Count Basie Orchestra. Essa música fala de esperança e foi tocada em muitas ocasiões importantes.

  • ‘I Left My Heart in San Francisco’ foi um grande sucesso e ganhou dois Grammys em 1962.
  • ‘The Best is Yet to Come’ também ganhou um Grammy em 1965 e é muito valorizada.

Recepção pelo Público e pela Crítica

A crítica adorou a interpretação de Bennett em ‘I Left My Heart in San Francisco’. Eles disseram que foi uma obra-prima da arte vocal. Já ‘The Best is Yet to Come’ foi elogiada por sua improvisação.

Frank Sinatra e Barbra Streisand também gravaram essas músicas. Isso mostra que elas são clássicos que duram para sempre. A mistura de técnica e emoção continua a tocar o coração de muitos.

Fechando a Jornada na Discografia e Contribuições Musicais

Desde os anos 1950, Tony Bennett tem sido uma força na música popular americana. Ele ganhou 20 Grammys, incluindo um em 2022 por Love for Sale. Suas parcerias, como com Lady Gaga, mostram que o jazz e os standards ainda têm muito a oferecer.

Seu trabalho no Brasil também é marcante. Gravou Quiet Nights of Quiet Stars em 1962, uma versão de Corcovado de Tom Jobim. Em 1994, homenageou João Gilberto. Essas colaborações com artistas brasileiros, como Leny Andrade e Maria Gadú, mostram seu respeito pela música do país.

A discografia de Bennett vendeu mais de 60 milhões de discos. Suas canções se tornaram clássicos mundiais. Seu último show, em 2016, foi um adeus à plateia que o ouviu por décadas. Sua voz e técnica são um legado à música.

Após seu falecimento em 2023, sua influência continua. Cada nota de seus registros, desde I Left My Heart in San Francisco até as releituras com Gaga, inspira novos artistas. A história de Bennett é um convite para ouvir, entender e respeitar a arte que une gerações.

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