Neste artigo vamos explorar a história de Takahiro Shiraishi, um serial killer japonês conhecido como o ‘Twitter Killer’. Conheça como ele utilizava as redes sociais para atrair suas vítimas, entenda os detalhes chocantes do assassinato em Zama e saiba como a polícia conseguiu desvendá-lo. Uma história intrigante e assustadora que marcou o Japão e chamou a atenção do mundo.
Quem é Takahiro Shiraishi, o Twitter Killer?
Takahiro Shiraishi ficou conhecido mundialmente como o “Twitter Killer” devido à forma macabra e única com que atraía suas vítimas: por meio das redes sociais, especialmente o Twitter. Nascido em 1990 no Japão, ele foi um assassino em série responsável pelo assassinato de nove pessoas entre agosto e outubro de 2017, na cidade de Zama, localizada na província de Kanagawa.
O apelido “Twitter Killer” surgiu porque Shiraishi utilizava a plataforma para encontrar principalmente jovens mulheres que estavam passando por momentos de vulnerabilidade emocional, muitas com tendências suicidas. Ele se apresentava como alguém disposto a ajudar essas pessoas a morrer ou até mesmo acompanhá-las em seus planos, ganhando assim sua confiança para atraí-las até seu apartamento — onde cometia os assassinatos.
Sua atuação foi marcada por uma crueldade fria: as vítimas eram estranguladas e depois desmembradas, com partes dos corpos armazenadas em caixas e congeladores em sua residência. Além da violência física, Shiraishi também praticava estupro e roubo contra as mulheres que matava. A maioria das vítimas tinha entre 15 e 26 anos, incluindo estudantes do ensino médio.
Antes da prisão, vizinhos já haviam notado odores fétidos vindo de seu apartamento, mas somente após uma investigação iniciada pela família de uma jovem desaparecida é que ele foi finalmente detido pela polícia. Em 2020, confessou os crimes e recebeu a pena de morte — sendo executado em 2025.
Essa história chocante revelou um lado sombrio da internet e chamou atenção para os perigos do contato online quando manipulado por pessoas com intenções malignas.
O Background Obscuro de Takahiro Shiraishi
Takahiro Shiraishi não era apenas um nome por trás dos crimes hediondos que cometeu, mas uma figura envolta em um passado sombrio e inquietante. Antes de se tornar conhecido como o “Twitter Killer”, ele trabalhava como scout na região de Kabukichō, o maior distrito da luz vermelha em Tóquio. Sua função? Atrair mulheres para a indústria do sexo — um submundo já cheio de sombras e perigos. Para os moradores locais, Shiraishi tinha uma reputação sinistra; era descrito como um scout estranho
que causava desconforto e desconfiança.
Em agosto de 2017, ele se mudou para um apartamento na cidade de Zama, Kanagawa. Foi a partir daí que sua vida e ações tomaram um rumo ainda mais macabro, principalmente no ambiente virtual. Ele usava o Twitter para buscar pessoas em situação vulnerável — especialmente aquelas com pensamentos suicidas — convidando-as a ir até sua casa com promessas perturbadoras: oferecia tanto ajuda para morrer quanto companhia enquanto elas tirassem suas próprias vidas.
Um triste detalhe sobre seu comportamento é que amigos relataram que Takahiro brincava de jogos perigosos envolvendo estrangulamento durante a adolescência, um sinal precoce do padrão violento que marcaria seus crimes futuros. A forma cruel como escolhia suas vítimas reflete bem o lado obscuro que permeava sua história pessoal antes mesmo dos assassinatos chocantes.
Este passado revela não apenas sua conexão com ambientes sombrios, mas também uma personalidade que buscava controle e domínio sobre suas vítimas desde cedo — traços essenciais para compreender o horror que ele perpetrou.
Como ocorreram os crimes em Zama?
Os crimes cometidos por Takahiro Shiraishi em Zama, uma cidade na província de Kanagawa, aconteceram entre agosto e outubro de 2017. Shiraishi morava em um apartamento nessa cidade quando atraiu suas vítimas através do Twitter, onde se apresentava como alguém disposto a ajudar pessoas suicidas a morrer ou simplesmente assistir aos seus atos trágicos.
Ele usava uma abordagem muito cruel: entrava em contato com jovens, na maioria mulheres, que demonstravam sinais de fragilidade emocional e tendências suicidas. Prometia ajuda e companhia nos momentos mais difíceis. Entretanto, sua verdadeira intenção era macabra — ele assassinava essas pessoas dentro do seu próprio apartamento.
O modo como Shiraishi agia impressiona pela frieza e planejamento. Depois dos assassinatos, ele desmembrava os corpos para facilitar o armazenamento e esconderijo dos restos mortais. Em seu apartamento foram encontrados membros separados em caixas de armazenamento e também corpos guardados dentro de freezers. Ao todo, nove vítimas foram descobertas — oito mulheres e um homem — com idades entre 15 e 26 anos.
Shiraishi não poupava nem mesmo adolescentes; entre as vítimas estavam três estudantes do ensino médio. As investigações apontaram que muitas delas foram estranguladas, algo coerente com relatos de que o assassino praticava “jogos de asfixia” desde jovem.
Além do aspecto brutal dos assassinatos, a maneira como ele manipulava as fragilidades emocionais das vítimas revela um perfil psicológico perturbador: alguém que explorava o sofrimento alheio para ganhos sexuais e financeiros. A atmosfera macabra do apartamento em Zama foi confirmada por vizinhos que relataram odores fortes vindos da residência durante o período dos crimes.
Esse cenário sombrio é fundamental para entender a complexidade dos crimes cometidos por Takahiro Shiraishi antes da investigação que culminou na sua prisão.
A investigação que levou à prisão do serial killer
A captura de Takahiro Shiraishi, conhecido como o “Twitter Killer”, não foi fruto do acaso, mas de uma investigação meticulosa e da coragem de pessoas próximas às vítimas. Tudo começou quando um dos irmãos de uma das jovens desaparecidas resolveu agir diante do silêncio da polícia e da ausência de notícias sobre sua irmã.
Com a ajuda de uma mulher chamada apenas de “Yumi”, que se passou por interessada em um encontro com Shiraishi, eles conseguiram armar uma armadilha. Yumi entrou em contato com o assassino pelas redes sociais, marcando um encontro falso em seu apartamento para capturá-lo em flagrante. Essa ação conjunta envolveu a polícia, que acompanhou discretamente tudo até o momento da abordagem.
Ao chegar no local, os policiais confrontaram Shiraishi, perguntando sobre o paradeiro da jovem desaparecida. Ele apontou para o freezer e ali começou a ser revelado o horror: dentro do apartamento foram encontrados nove corpos desmembrados — oito mulheres e um homem, todos entre 15 e 26 anos. As partes dos corpos estavam espalhadas em caixas térmicas e caixas grandes, evidenciando um planejamento macabro para ocultar os vestígios dos crimes.
Vizinhos confirmaram relatos sobre odores fétidos saindo da residência, mas ninguém imaginava a dimensão do crime. Além disso, Shiraishi descartava restos humanos misturados ao lixo reciclável, dificultando ainda mais as investigações.
Durante interrogatório, ele confessou ter atraído as vítimas via Twitter oferecendo ajuda para suicídio ou propondo cometer suicídio junto com elas. O motivo declarado por Shiraishi envolvia ganhos sexuais e financeiros; ele estuprava e roubava suas vítimas antes de matá-las.
Esse trabalho conjunto entre familiares das vítimas, civis corajosos e a força policial foi fundamental para encerrar uma série terrível de assassinatos que aterrorizou a cidade de Zama.
O julgamento e a sentença de Takahiro Shiraishi
O julgamento de Takahiro Shiraishi, conhecido como o “Twitter Killer”, seguiu um caminho que chamou atenção pela forma como ele mesmo assumiu suas ações. Inicialmente, os advogados de defesa planejavam argumentar que Shiraishi teria obtido o consentimento das vítimas para morrer, uma tentativa controversa de basear sua defesa nesse ponto. Contudo, contrariando as estratégias do seu time jurídico, Shiraishi optou por pleitear culpa para os nove assassinatos em 1º de outubro de 2020.
Esse ato direto influenciou o processo e acelerou a sentença. Em 15 de dezembro do mesmo ano, o tribunal sentenciou-o à pena de morte — uma decisão firme diante da gravidade dos crimes que chocaram o Japão e repercutiram internacionalmente. A pena capital no Japão é aplicada principalmente em casos de múltiplos homicídios graves, e a execução ocorre por enforcamento.
Importante destacar que Shiraishi indicou que não iria recorrer da sentença, mostrando aparente aceitação do veredito judicial. Sua pena foi finalizada em janeiro de 2021, e a execução aconteceu em 27 de junho de 2025.
O caso chamou atenção não só pela brutalidade dos assassinatos e pelo método usado para atrair as vítimas via redes sociais, mas também pelo impacto legal e social gerado no país sobre o uso das mídias digitais. O desfecho judicial reforçou a posição rigorosa do sistema penal japonês diante de crimes hediondos.
“A justiça foi feita para evitar que outros sofram como essas vítimas”, afirmou um especialista durante o julgamento, ressaltando o peso da sentença para a sociedade japonesa.
Este capítulo encerra o processo judicial desse caso macabro para dar lugar às reflexões sociais profundas que ele provocou no Japão e no mundo.
Impactos e reflexões sobre o caso do Twitter Killer
O caso de Takahiro Shiraishi, conhecido como o “Twitter Killer”, deixou marcas profundas na sociedade japonesa e gerou importantes reflexões sobre segurança digital, saúde mental e o papel das redes sociais.
Primeiramente, o impacto imediato foi a sensação de vulnerabilidade que se instalou entre os usuários das redes sociais. Shiraishi explorava um aspecto extremamente delicado: o desespero e a fragilidade emocional de pessoas com pensamentos suicidas. Isso acendeu um alerta global sobre como criminosos podem se aproveitar desses espaços virtuais para manipular e causar danos reais. A facilidade com que ele atraía suas vítimas pelo Twitter evidenciou a necessidade urgente de vigilância, moderação eficaz e educação digital para evitar abusos.
Além disso, o caso levantou debates importantes sobre a abordagem da saúde mental no Japão, onde o suicídio é um problema social sério. Muitas das vítimas estavam em situação vulnerável, buscando ajuda ou companhia em suas angústias online. O episódio evidenciou uma falha sistêmica no suporte oferecido a essas pessoas, mostrando que intervenções precoces e serviços acessíveis poderiam salvar vidas.
Outro ponto a destacar foi a resposta das autoridades. A atuação rápida da polícia após a denúncia colaborativa entre familiares, amigos e policiais mostrou que o engajamento da comunidade é essencial para combater crimes complexos como esse.
Por fim, casos assim nos fazem refletir: como equilibrar liberdade na internet com segurança? E qual é nosso papel ao usar redes sociais — seja para oferecer apoio ou denunciar comportamentos suspeitos? A história de Shiraishi não é apenas sobre um assassino; é um alerta para todos nós navegarmos com mais cuidado nesse mundo digital cada vez mais presente em nossas vidas.