Algumas vozes são eternas. A de Prince, nascido em Minneapolis em 1958, é uma delas. Ele era pequeno, mas seu talento era imenso. Com 39 discos e 100 milhões de cópias vendidas, sua música transcendeu gêneros.
De “Purple Rain” a “Kiss”, seu legado é inesquecível. Ele misturava piano, guitarra e bateria de forma única. Sua morte em 2016 foi um golpe, mas seu som ainda vive. Seu legado pode ser visto em museus como o Paisley Park e nas paradas de sucesso.
Desde os 7 anos, Prince desafiava as regras aprendendo piano. Seu som era uma fusão de funk, rock e soul. Ele ganhou 7 Grammys e entrou para o Hall da Fama. Cada nota e passo dele criou uma era que ainda ressoa hoje.
Essa é a história de como um artista transformou 140 milhões de espectadores do Super Bowl em 2007. Eles viram um gênio que ainda ecoa.
Origens e Influências Musicais de Prince

Em Minneapolis, Minnesota, o berço da música que moldaria a carreira de Prince, a biografia do artista começa com raízes profundas. Seu pai, John L. Nelson, era pianista de jazz, e sua mãe, Mattie Shaw, cantava gospel. Prince começou a tocar piano aos 7 anos. Aos 14, já sabia tocar guitarra, baixo e bateria.
Suas primeiras composições surgiram na adolescência, influenciadas por James Brown e Jimi Hendrix. Aos 19 anos, ele gravava sozinho todas as faixas de seu primeiro álbum, For You (1978), Warner Bros.). Isso mostrou sua habilidade como multi-instrumentista.
A infância em Minneapolis e as primeiras experiências musicais
- Primeiros anos marcados pelo bullying por causa de sua aparência e ataques epiléticos.
- Herança de um piano após a separação dos pais, que virou ferramenta de expressão.
- Aos 15 anos, compunha canções para outros artistas, como Wendy & Lisa.
As raízes do som único: funk, R&B, rock e jazz
Seu estilo surgiu da síntese de influências como Sly Stone, Earth, Wind & Fire e Miles Davis. Prince usava instrumentos musicais variados, desde teclados sintéticos até guitarras distorcidas. Ele formou uma banda multirracial, admirando Sly and Family Stone.
Os primeiros passos na indústria musical
Em 1976, seu encontro com Chris Moon e Owen Husney marcou o início profissional. O álbum For You (1978) mostrou sua habilidade de produzir, cantar e tocar todos os instrumentos sozinho. Apesar de não ter vendido bem, seu segundo álbum, Prince (1979), trouxe singles como “Why Will Ya” e “I Wanna Be Your Lover”, abrindo caminho para o sucesso.
A ascensão meteórica de Prince à fama
Entre 1980 e 1983, Prince se tornou um fenômeno global. Seu terceiro álbuns Prince (1979) já mostrava seu talento. Mas foi a trilogia Dirty Mind (1980), Controversy (1981) e 1999 (1982) que fez dele uma estrela.
Cada singles como “Little Red Corvette” e “1999” tocava em rádios. A MTV também mostrava seu visual e performances ousadas.
- Dirty Mind (1980): exploração de temas sexuais e abandono do estilo disco
- Controversy (1981): fundiu rock com sintetizadores, antecipando o futuro
- 1999 (1982): álbum duplo que vendeu 4 milhões de cópias nos EUA, impulsionado por “1999” e “Little Red Corvette”
Enquanto Prince conquistava o mainstream, enfrentou críticas. Em 1981, foi vaiado por fãs dos Rolling Stones. Mas isso só o fez crescer.
O single “When Doves Cry” de 1984 alcançou #1 na Billboard. Suas turnês, como a do Super Dome com 90 mil pessoas, mostraram seu poder cultural.
“Ele não seguia tendências. Criava-as.” — Crítica da revista Rolling Stone, 1982
Prince dominava 31 instrumentos aos 19 anos. Ele não apenas dominou o pop, mas também desafiou fronteiras raciais e gênero. Sua jornada até 1983 foi marcada por riscos calculados, desde funk até rock.
Purple Rain: O álbum que transformou Prince em ícone global
Em 1984, Prince fez uma fusão inovadora de música e cinema. O álbum Purple Rain foi lançado junto com o filme. Ele reuniu The Revolution—Lisa Coleman, Dr. Fink, Bobby Z, Brown Mark e Wendy Melvoin—para criar algo único. Esse trabalho vendeu mais de 20 milhões de cópias e ficou 24 semanas no topo da Billboard 200.
Criação do filme e álbum que definiram uma era
O filme foi gravado no First Avenue. Prince dirigiu a música e atuou no filme. Mesmo com críticas, o filme arrecadou US$80 milhões nos EUA.
O álbum trazia faixas como “When Doves Cry” e “Let’s Go Crazy”. Essas músicas se tornaram clássicos.
Impacto cultural e comercial de Purple Rain
O álbum Purple Rain mudou o conceito de sucesso multimídia. Seu single-título chegou ao 2º lugar na Billboard Hot 100. “When Doves Cry” liderou por 5 semanas.
“Let’s Go Crazy” também foi um grande sucesso. O filme, embora controverso, é um documento importante da música dos 80.
Os singles de sucesso que dominaram as paradas mundiais
- “When Doves Cry” quebrou regras sem usar baixo e vendeu 3 milhões de cópias nos EUA.
- “Let’s Go Crazy” estabeleceu-se como um hino rock com seu solo de guitarra marcante.
- A faixa-título, com 8 minutos, tornou-se sinônimo de emoção e legado.
Esses singles não só dominaram as paradas, mas também geraram debates sobre criatividade. Prince manteve-se fiel à sua visão de música que misturava funk, rock e R&B.
A versatilidade musical e o gênio criativo de Prince
Prince sabia tocar muitos instrumentos musicais e criar música de forma única. Ele controlava tudo, desde “For You” (1978) até seus últimos trabalhos. Isso mostra sua inovação e liberdade criativa.
O multi-instrumentista e seus inúmeros talentos
Prince podia tocar 27 instrumentos. No álbum “For You” (1978), ele fez tudo sozinho. Seu estilo de guitarra, que misturava blues e rock, foi muito elogiado.
Ele também era incrível no piano e bateria. Isso permitiu que criasse música única, sem precisar de outros músicos.
- 39 álbuns de estúdio, todos com sua assinatura criativa;
- Domínio de 27 instrumentos, desde violino até teclados;
- 30º na lista dos maiores cantores de todos os tempos (Rolling Stone, 2008).
As transformações de imagem e som ao longo das décadas
Prince mudou muito desde “1999” (1982) até “Sign O’ The Times” (1987). O álbum duplo “Sign O’ The Times” falava sobre AIDS e violência urbana. Isso mostrou seu lado visionário.
Na década de 1990, ele usou um símbolo novo. Lançou álbuns como “Come” (1994), mesmo que não fossem muito vendidos. Isso mostrou sua independência.
Batalhas pela independência artística e direitos autorais
Prince teve uma grande luta com a Warner Bros. (1993-1996). Ele queria controlar sua música. Com “SLAVE” escrito no rosto, ele quebrou com a indústria tradicional.
Depois de sair do contrato, ele começou a lançar músicas pela internet. Isso mudou a forma como as músicas são distribuídas. Sua luta inspirou muitos artistas a serem independentes.
Prince lançou 39 álbuns e vendeu mais de 100 milhões de cópias. Seu legado como músico e defensor dos direitos autorais é imensurável.
O legado eterno de Prince na música mundial e sua despedida precoce
Em 21 de abril de 2016, Prince foi encontrado sem vida em sua mansão de Paisley Park. Ele tinha 57 anos e morreu por overdose acidental de fentanil. A notícia chocou o mundo da música, com artistas como Stevie Wonder e Lenny Kravitz lamentando sua morte.
Prince deixou um legado incrível: mais de 100 milhões de álbuns vendidos, 7 Grammys e um Oscar por Purple Rain. Suas músicas, como “When Doves Cry” e “Let’s Go Crazy”, são marcos da música pop. Suas obras, como Sign o’ the Times, ainda influenciam muitos.
Sua influência pode ser vista em artistas como Beyoncé e The Weeknd. Eles admiram sua habilidade de misturar técnica musical com autenticidade. Paisley Park, agora um museu, guarda seus instrumentos e partituras. Gravações inéditas são lançadas de vez em quando, mantendo sua música viva.
Prince não apenas mudou a música, mas também desafiou os padrões de gênero e identidade. Sua música é atemporal, alcançando gerações e fronteiras. Seu legado e suas músicas eternas continuam inspirando artistas de todos os gêneros.