Conheça a história de Everton Fagundes Pereira da Conceição, o talentoso voleibolista brasileiro conhecido como Everton Boi, que brilhou nas quadras desde jovem, conquistando títulos importantes como o Campeonato Mundial Sub-19 e diversos campeonatos estaduais e nacionais. Explore sua carreira marcada por grandes conquistas dentro e fora do país, seu apelido e a força que o tornaram um destaque na posição de Oposto. Saiba também sobre os momentos finais da sua vida e as circunstâncias que envolveram sua trágica morte em 2025, um episódio que chocou o Brasil e deixou saudades no esporte nacional.
Quem foi Everton Fagundes Pereira da Conceição?
Everton Fagundes Pereira da Conceição, mais conhecido como Everton “Boi”, foi um dos maiores talentos do voleibol brasileiro, especialmente na posição de oposto. Nascido em Várzea Grande, Mato Grosso, em 1979, Everton desde cedo mostrou seu potencial no esporte, destacando-se pela estatura e força física — características que lhe renderam o apelido “Boi” logo aos 14 anos, quando iniciou sua trajetória fora do Mato Grosso.
Sua carreira esportiva começou aos 11 anos no Colégio Adventista de Várzea Grande e rapidamente chamou atenção do técnico Nicanor Lopes, que o levou para treinar em Cuiabá. Em seguida, já com 14 anos, mudou-se para Minas Gerais para defender o Minas Tênis Clube, onde passou a jogar ao lado de adultos ainda muito jovem.
Na seleção brasileira de base, Everton conquistou grandes feitos: foi campeão mundial sub-19 em 1995 e campeão sul-americano infanto-juvenil em 1996. Ele se destacou não só pela habilidade técnica, mas também por sua força física e garra dentro de quadra.
Conhecido por sua trajetória vitoriosa nas categorias de base e por ser um atleta que abriu portas para jogadores do interior e regiões menos tradicionais no voleibol brasileiro, Everton representava a mistura perfeita de talento bruto e dedicação. Seu legado vai além das medalhas — ele inspirou jovens atletas mato-grossenses a sonharem alto no esporte nacional.
Além disso, sua vida fora das quadras teve uma história marcada por tragédias recentes que chocaram o Brasil. Mas a sua luz como campeão mundial sub-19 nunca se apagará entre os fãs do voleibol e aqueles que acompanham a história do esporte no país.
A carreira brilhante de Everton ‘Boi’ no voleibol
Everton Fagundes Pereira da Conceição, conhecido carinhosamente como “Boi”, construiu uma trajetória marcante e cheia de conquistas no voleibol brasileiro e internacional. Desde muito jovem, sua estatura imponente e força física já o destacavam nas quadras, características que o acompanharam durante toda a carreira.
Aos 11 anos, Everton iniciou sua jornada no Colégio Adventista em Várzea Grande (MT). Logo foi convidado pelo professor Nicanor Lopes a treinar no Colégio Notre Dame em Cuiabá, onde participou de várias competições regionais e nacionais pela seleção mato-grossense. Seu talento e desempenho chamaram atenção nacionalmente quando, aos 14 anos, mudou-se para Minas Gerais para jogar no Minas Tênis Clube — foi aí que ganhou o apelido “Boi”, uma referência à sua força e origem do Mato Grosso.
No Fiat/Minas, Boi deu seus primeiros passos na elite do esporte, sendo convocado para a Seleção Brasileira Sub-19. Em 1995, destacou-se ao conquistar o título mundial juvenil em Porto Rico – um feito histórico para o voleibol brasileiro. No ano seguinte, conquistou ainda o título sul-americano infanto-juvenil.
A carreira de Everton foi marcada por diversas passagens vitoriosas:
- campeonatos estaduais mineiros e paulistas (adulto e juvenil),
- Copa São Paulo,
- Campeonato Brasileiro de Seleções Juvenis e Liga Nacional.
Além disso, foi eleito várias vezes o maior pontuador nas fases classificatórias da Superliga Brasileira A — destaque para as temporadas entre 2000 e 2007.
Sua experiência também ultrapassou fronteiras: defendeu clubes na Espanha (Numancia SORIA), Japão (Nec Blue Rockets) — onde conquistou o Torneio Kurowashiki em 2007 — e Argentina (Club Ciclista Olímpico La Banda). Sempre reconhecido por sua habilidade na saída de rede, Everton “Boi” foi considerado um dos mais talentosos opostos da sua geração.
Essa combinação de técnica apurada, força física e garra fez de Boi um ícone respeitado tanto dentro quanto fora das quadras brasileiras.
A trágica morte de Everton Fagundes: o que aconteceu?
A vida de Everton Fagundes Pereira da Conceição, o eterno “Boi”, foi abruptamente interrompida em uma noite de julho de 2025, deixando o mundo do voleibol em choque e tristeza profunda. Aos 46 anos, Everton foi assassinado a tiros enquanto dirigia sua caminhonete VW Amarok no bairro República do Líbano, em Cuiabá.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Everton estava como refém dentro do próprio veículo quando foi baleado três vezes por um homem que estava no mesmo carro. Após os disparos, ele perdeu o controle da direção e colidiu contra outro veículo. O atirador fugiu rapidamente e até hoje não foi localizado. A polícia trabalha com a hipótese de crime passional, já que uma mulher denunciou que seu ex-marido havia sequestrado seu amigo — Everton — usando o mesmo carro onde ocorreu o crime.
O delegado responsável pelo caso apontou que a motivação pode estar ligada ao ciúme do ex-companheiro da mulher com quem Everton mantinha relacionamento na época. Este cenário reforça a tragédia não apenas pelo fim precoce de um grande atleta mas também pela complexidade das relações pessoais envolvidas.
A cena foi registrada por câmeras de segurança e mostrou o momento exato em que Boi foi atingido e perdeu o controle do veículo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local.
Este episódio violento causou comoção nacional, sobretudo pela importância de Everton para o voleibol brasileiro, tornando sua morte um capítulo triste na trajetória daquele que marcou gerações dentro e fora das quadras.
Legado e homenagem: Everton ‘Boi’ no coração do voleibol brasileiro
Everton Fagundes Pereira da Conceição, conhecido carinhosamente como Boi, deixou uma marca indelével no voleibol nacional, sendo muito mais do que um simples atleta — ele foi um símbolo de garra, talento e dedicação. Seu legado ultrapassa as quadras, e o carinho que o meio esportivo brasileiro tem por ele demonstra o quanto sua história tocou vidas.
Por que Everton ‘Boi’ é tão lembrado?
- Campeão Mundial Sub-19 (1995): A conquista do ouro em Porto Rico com a seleção brasileira infanto-juvenil colocou Everton no mapa como um dos grandes promissores da modalidade.
- Maior Pontuador em diversas temporadas da Superliga: Sua habilidade em pontuar repetidamente mostrou sua força ofensiva incomparável.
- Atuação em clubes nacionais e internacionais: Com passagens marcantes por Minas Tênis Clube, Suzano, São José, além da experiência no Japão, Espanha e Argentina, Everton levou seu talento para além das fronteiras brasileiras.
Além das conquistas técnicas, o apelido “Boi” representa sua força física e sua origem mato-grossense — uma referência que seus companheiros usavam com admiração. Era comum ouvir relatos dos colegas destacando não só sua potência na saída de rede mas também seu espírito de equipe e humildade.
A comoção provocada por sua trágica morte em 2025 fez explodir manifestações de respeito e carinho. Federações, ex-companheiros e fãs prestaram homenagens que reforçaram seu lugar especial no coração do voleibol brasileiro.
“Everton não era apenas um jogador; era uma inspiração para toda uma geração”, lembrou um ex-técnico.
Hoje, sua memória é celebrada em campeonatos regionais e eventos esportivos como exemplo eterno de paixão pelo voleibol. A trajetória de Boi continua viva nas histórias contadas por quem teve a honra de vê-lo jogar — um verdadeiro campeão dentro e fora de quadra.