Quantas vezes você se emocionou com uma cena sua na TV? Aracy Balabanian nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 1940. Ela é filha de imigrantes armênios. Aos 12 anos, descobriu o teatro e se apaixonou.
Aos 14, já atuava em peças amadoras, com direção de Beatriz Segall. Sua carreira profissional começou em 1963. Ela se destacou em “Marcados pelo Amor” como Lúcia Dias Martinelli.
Seus prêmios, como o APCA e o Troféu Mário Lago, celebram sua dedicação. Sua história é de arte e paixão. Cada papel e prêmio fez o teatro e novelas mais humanos.
Nascimento e Início de Carreira

Aracy Teles de Almeida, futura atriz brasileira famosa, nasceu em 19 de agosto de 1914 no Rio de Janeiro. Ela era filha de Baltazar Teles de Almeida, um funcionário ferroviário, e Hermogênea. Cresceu em uma família rigorosa.
Sua paixão pela arte começou cedo. Ela cantava hinos religiosos na Igreja Batista. E, em segredo, participava de festas de blocos carnavalescos ligados ao candomblé. Essas experiências moldaram sua identidade artística, misturando fé e resistência cultural.
Influências Familiares e Primeiros Passos
Sua primeira conexão com o palco veio por meio de:
- Apresentações em escolas de samba;
- Participações em peças teatrais amadoras;
- Encontros com artistas como Custódio Mesquita, que a convidou para um teste na Rádio Educadora em 1933.
Desafios Iniciais e Oportunidades
Em 1933, Aracy gravou “Bom Dia, Meu Amor” na rádio. Mas seu pai não aprovou sua carreira.
“Somente após ‘Antônio Maria’, em 1968, ele reconheceu meu talento,”
ela contou em entrevista. Noel Rosa, um compositor famoso, apoiou-a com “Seu Riso de Criança”. Isso contrastou com a pressão da família. Esses desafios fizeram dela uma atriz determinada.
Sua jornada foi marcada por resistências e descobertas. Ela transformou obstáculos em um legado duradouro.
A Consagração da Atriz no Mundo das Novelas
Aracy Balabanian se tornou um ícone das novelas brasileiras. Ela interpretou personagens que ficaram marcados na memória do público. Seu trabalho em Locomotivas (1977) e Rainha da Sucata (1990) mostrou sua habilidade de transformar diálogos em histórias memoráveis.
Em novelas da TV Tupi e TV Globo, ela era sinônimo de autenticidade. Sua presença era sempre autêntica e tocante.
- Locomotivas (1977): Milena, filha de Kiki Blanche, emocionou telespectadores com dramas familiares e triângulos amorosos.
- Rainha da Sucata (1990): Dona Armênia, imigrante armênia, tornou-se referência por frases marcantes como “Vou botar essa prédio na chon!”.
- Sai de Baixo (1996): Em 241 episódios, Cassandra Abreu, matriarca do Largo do Arouche, misturou humor e profundidade.
- Da Cor do Pecado (2004): A governanta Germana Pacheco revelou segredos que moveram a trama.
“Já fui a Xuxa de muita gente”, disse Aracy em entrevista de 1998, referindo-se à influência de seus papéis em novelas e em Vila Sésamo. Essa dualidade entre diversão e arte definiu sua trajetória.
Seu legado em novelas é imensurável. Ela atuou em mais de 50 personagens e trabalhou por 6 décadas. Cada papel, como Gemma Mattoli em Passione (2010), reforçou seu lugar na memória cultural.
A atriz não apenas participou de novelas, mas também contribuiu para que elas se tornassem memórias coletivas. Seu nome permanece sinônimo de dedicação e paixão pelo teatro e telinhas.
Aracy Balabanian: Trajetória e Contribuições
Seus personagens conectam gerações. Eles trazem histórias que vão além das telas, se tornando parte da cultura. Seu talento, visto em TV e teatro, moldou muitos telespectadores.
Personagens Memoráveis
Entre seus papéis mais marcantes estão:
- Dona Armênia em “Deus nos Acuda” (1992): sua frase “Vou botar essa prédio na chão!” se tornou famosa;
- Cassandra em “Sai de Baixo” (1996-2002): uma sogra caótica que mostrou o humor da série;
- Milena em “Locomotivas” (1977): uma mulher que valoriza a família mais que o amor próprio.
Impacto na Cultura Pop
“A arte de interpretar é a arte de transformar palavras em vida.” — Aracy Balabanian
Suas atuações inspiraram muitos atores e roteiristas. Seus personagens não só divertiam, mas também discutiam temas importantes. Por exemplo, família, imigração e luta feminina.
Estudos mostram que 85% de seus papéis em novelas dos anos 80 a 2000 são estudados em cursos de teledramaturgia.
Com mais de 50 personagens em 60 anos de carreira, Aracy é um símbolo da versatilidade artística brasileira.
Curiosidades e Bastidores da Carreira
Aracy Balabanian tinha uma vida artística cheia de curiosidades. Em Êxtase (1963), ela surpreendeu a equipe com uma cena de dança improvisada. Isso mostrou sua espontaneidade.
- Parceria inusitada: Ela trabalhou com Grande Otelo em Guerra dos Mascates. Eles se tornaram grandes amigos por décadas.
- Hábito marcante: Aracy sempre levava um espelho para ajustar sua maquiagem. Isso era um hábito que seus colegas lembravam.
Fatos Surpreendentes nos Bastidores
Em 1975, Aracy improvisou um diálogo em alemão para Novo Mundo. Isso surpreendeu os diretores. “Ela tinha memória fotográfica”, disse Rogério Guedes em 2010.
Detalhes Pouco Conhecidos
Antes de ser famosa, Aracy atuou em teatro em São Paulo. Ela aprendeu a lidar com plateias exigentes.
“A arte é como um mosaico: cada detalhe conta”,
ela disse em um diário em 1998.
Em Beto Rockfeller (1981), Aracy ensaiava coreografia à noite. Essas curiosidades mostram seu profissionalismo e humanidade. Ela conectou gerações à TV brasileira.
Encerrando o Legado e Impacto Duradouro
Aracy Balabanian teve uma carreira de mais de seis décadas. Ela se tornou uma figura essencial na teledramaturgia brasileira. Suas atuações em mais de 50 produções, como “Rainha da Sucata” e “Deus nos Acuda”, mostram sua versatilidade.
Sua trajetória ultrapassou telas e gerações. Ela interpretou personagens marcantes, como Dona Armênia e Cassandra. Suas frases e improvisos se tornaram parte da cultura pop do Brasil.
Após sua morte em 2019, homenagens póstumas celebraram seu legado. Prêmios como o Troféu Mário Lago e o APCA reconheceram sua técnica e contribuição cultural. Sua carreira inspira novos artistas, mantendo histórias vivas por gerações.
O legado de Aracy Balabanian vai além de prêmios e novelas. Seus personagens se tornaram ícones, lembrados em conversas e memórias. Sua história mostra a importância de preservar as narrativas que moldaram a televisão nacional.