Na madrugada de 16 de maio de 2024, o Brasil perdeu um ídolo do jornalismo esportivo. Antero Greco, com 69 anos, deixou um legado de quatro décadas. Ele começou em 1974 no O Estado de S. Paulo e se destacou na ESPN, desde 1994.
Suas contribuições incluem coberturas de nove Copas do Mundo. Ele também foi o rosto do Futebol No Mundo e do SportsCenter. Seu carisma e habilidade de contar histórias fizeram dele um ídolo. Em maio de 2023, seu retorno à TV emocionou muitos.
Antero Greco era um mestre em misturar análise técnica com humor. Seu trabalho no É Rapidinho e na ESPN influenciou muitos. Sua voz, agora eterna, continua inspirando em programas que ele ajudou a criar. Ele fez do esporte algo acessível e apaixonante para todos.
Origens e formação do jornalista que revolucionou as transmissões esportivas

Antero Greco nasceu em 2 de junho de 1954, no bairro do Bom Retiro, São Paulo. Desde cedo, o futebol e o jornalismo eram essenciais em sua vida. Formou-se na ECA-USP em 1974. Sua carreira como jornalista esportivo começou no Estado de S. Paulo, onde trabalhou por 44 anos.
Em 1974, ele começou sua jornada. Essa foi a época em que tudo começou. Ele se destacou por sua curiosidade e rigor.
- Em 1977, começou a cobrir esportes. Fez reportagens incríveis sobre Copa do Mundo e histórias humanas, como a do Limeira no Paulistão;
- Antes de ser jornalista, estudou Letras na USP. Isso ajudou a mesclar análise literária com fatos reais;
- Publicou mais de 5.000 textos em várias mídias. Ele unia dados técnicos e a dimensão social do esporte.
Sua paixão pelo futebol fez com que ele olhasse para o esporte de um jeito único. Sua carreira, que durou décadas, o fez se tornar um especialista em análise tática e histórias do esporte. Sua formação acadêmica e paixão por histórias humanas criaram a voz que mudou a cobertura esportiva no Brasil.
Primeiros passos na carreira: a construção de um estilo único
Antero Greco começou sua carreira em jornais. No Estadão, ele foi revisor em 1974. Com o tempo, passou a ser editor, melhorando sua habilidade em análises esportivas.
Suas reportagens sobre futebol e esportes internacionais já mostravam seu estilo único. Ele combinava fatos com um toque de humor.
Experiências no jornalismo impresso
Antero se tornou um comentarista esportivo respeitado. Escrevia para o Diário Popular e a Folha de S. Paulo. Suas opiniões sobre futebol internacional, especialmente o italiano, chamavam a atenção.
Ele fazia relatórios detalhados sobre campeonatos europeus. Suas colunas, como “Balcão de Notcias”, mostravam sua habilidade em análise técnica e narrativa acessível.
Transição para o meio televisivo
Em 1994, Antero passou para a TVA Esportes (ESPN). No SportsCenter, sua voz crítica ganhou mais visibilidade. Ele adaptava seu estilo jornalístico para a tv, mantendo um tom carismático.
Desenvolvimento da voz crítica e analítica
“O que importa é o que se escreve ou fala, não o time para o qual se torce”, defendia. Sua imparcialidade, mesmo sendo torcedor do Palmeiras, era marcante. Com uma vasta biblioteca, ele fazia análises profundas sobre táticas e história do futebol.
Essas etapas formaram um comentarista esportivo excepcional. Ele unia conhecimento técnico com paixão pelo esporte. Sua carreira na imprensa e na tv foi fundamental para o jornalismo esportivo brasileiro.
A trajetória de sucesso na ESPN Brasil
Antero Greco fez da ESPN sua casa. Seus programas e análises esportivas mudaram o Brasil. Ele se tornou um ícone na cobertura esportiva do país.
Programas memoráveis e parcerias de sucesso
Na ESPN, ele trabalhou no SportsCenter com Paulo Soares por 11 anos. Eles combinavam humor com informação. O “Milton Caraglio” se tornou uma lenda.
Sua parceria mudou o jornalismo esportivo. Eles eram conhecidos por seu humor e precisão.
- Humor espontâneo sem perder a precisão
- Análises rápidas no É Rapidinho
- Presença constante em programas como Bate-Bola
O Linha de Passe e seu legado
No Linha de Passe, Greco mostrou seu rigor técnico. Ele misturava dados e histórias. Seu livro A Goleada mostra como suas análises eram especiais.
Cobertura de Copas e paixão pelo futebol internacional
Ele cobriu 11 Copas do Mundo. Levou o futebol global ao Brasil. Seu conhecimento sobre o futebol italiano era impressionante.
Seu livro Seleção Nunca Vista surpreendia até especialistas. Mesmo com problemas de saúde, ele ficou fiel à ESPN até o fim.
O estilo marcante que cativou gerações de fãs de esporte
Antero Greco, comentarista esportivo de gênio, teve uma relação única com o público. Ele mesclava opinião técnica com humor e naturalidade. Isso mudou a televisão brasileira.
Frases como “Milton Caraglio” e “Louis Picamoles” se tornaram populares. Elas mostram como ele explicava o futebol de forma simples.
- Analogias claras: transformava jogadas complexas em histórias fáceis de entender.
- Ritmo dinâmico: combinava análises profundas com momentos de descontração.
- Parceria icônica: com Paulo Soares, criou momentos memoráveis no SportsCenter.
“Anterito, my friend”, Paulo Soares o chamava, mostrando a cumplicidade que conquistou milhões.
A linguagem de Antero Greco era direta e amigável. Sua voz, clara e direta, unia gerações. Ele mostrou que informação séria e entretenimento podem coexistir.
Seu legado é um modelo de como ser educador e divertido. A opinião de Antero não apenas analisava jogos. Ela criava memórias que ainda vivem nas telas de hoje.
Antero Greco e sua contribuição para a análise tática do futebol brasileiro
Antero Greco fez a análise tática do futebol mais fácil de entender. Ele não apenas narrava jogos, mas também explicava os sistemas táticos. Seu conhecimento pelo futebol italiano trouxe novas ideias para o Brasil.
Ele popularizou a “linha de quatro defensores” e mostrou a importância da profundidade ofensiva. Seu trabalho mudou a forma como vemos o futebol.
- Co-autor de um estudo pioneiro sobre o impacto do tamanho do campo no comportamento tático, analisou 1.476 ações: 701 ofensivas e 775 defensivas.
- Desenvolveu o teste GR3-3GR, que mapeou 10 princípios táticos, identificando 26 diferenças significativas entre campos grandes e pequenos.
- Resultados revelaram que campos menores alteram a organização defensiva, um insight revolucionário na análise esportiva da época.
“Entender o futebol é entender sua história. Sem as raízes, a análise perde a alma.” — Antero Greco
Suas ideias abriram o acesso a temas antes exclusivos para treinadores. Ele comparava o Corinthians de 1977 com o Milan de Sacchi. Essas comparações mostravam a evolução do futebol.
Sua forma de analisar o futebol influenciou muitos. Ele se tornou um ícone na análise esportiva.
Reconhecimento no meio esportivo: prêmios e homenagens
Antero Greco foi homenageado inúmeras vezes. Isso mostra seu impacto na história do jornalista esportivo. Em 2023, o ACEESP Trophy valorizou seu trabalho na carreira jornalística. Já o Prêmio Especialistas (8ª edição) elogiou sua opinião em programas esportivos.
Essas premiações resumem anos de cobertura esportiva cheia de rigor e paixão.
“Sempre admirei sua capacidade de equilibrar técnica e emoção”, declarou José Trajano, ex-colega na ESPN, durante cerimônia de homenagem. “Ele reinventou o papel do comentarista esportivo ao tornar o conhecimento acessível.”
- Formou gerações de profissionais com seu método de análise tática;
- Ministrou aulas em universidades, compartilhando dicas para novos jornalista esportivo;
- Seu legado inclui 35 anos de programas esportivos que moldaram padrões éticos.
Suas decisões, como apoiar colegas em críticas situações, consolidaram seu papel de referência. A carreira de Antero não apenas marcou a TV brasileira, mas criou um caminho para que a cobertura esportiva evoluísse com seriedade e humanidade.
Bastidores e curiosidades: o homem por trás do profissional
Antero Greco tinha histórias que mostravam sua verdadeira essência. “Ele nunca deixava de ajudar, mesmo em momentos de concorrência”, diz um colega. Ele ajudou um profissional do FOX Sports em 2013, mostrando seu lado solidário.
- Família: Casado com Leila Maria de Brito Greco por mais de quatro décadas, era orgulhoso pai de João Paulo e Maria Cristina, e avô de Pedro e Carolina.
- Paixões além do futebol: Colecionava uma biblioteca de 3 mil títulos sobre esportes. Adorava times com verde em seus uniformes, como o Corinthians e o Grêmio.
- Rituais profissionais: Revisava roteiros até altas horas. Ria de anedotas sobre erros de colegas durante reuniões.
Antero era rigoroso e generoso ao mesmo tempo. Antes de ir ao ar no Linha de Passe, estudava estatísticas do futebol. Mas na redação, dividia lanches com estagiários. Sua paixão por esportes ia além do trabalho: colecionava livros assinados por ídolos e guardava cartas de jogadores desconhecidos.
“Ele transformava coberturas do futebol em lições de vida”, disse um produtor da ESPN.
Esses detalhes mostram o homem que deixou um legado tão forte. Antero Greco foi um ícone do jornalismo. Ele defendia a humildade e a paixão por contar histórias.
Um legado imortal para o jornalismo esportivo brasileiro
Antero Greco, um ícone do jornalismo esportivo, morreu na madrugada de 16 de maio de 2024. Ele tinha 69 anos e lutava contra um tumor cerebral. Sua morte gerou muitas homenagens de colegas, telespectadores e instituições.
A família de Greco fez uma cerimônia no Cemitério do Redentor. Ela foi aberta ao público. Seu trabalho como jornalista esportivo é inesquecível.
Greco continuou ligado ao esporte até os últimos dias. Mesmo com tratamento, ele apareceu no SportsCenter. Em 2023, ele disse que voltar ao trabalho era uma vitória.
Ele mudou a forma de analisar futebol na TV. Seu estilo crítico e técnico influenciou muitos. A ESPN Brasil, que ele ajudou a criar, perdeu um importante membro.
Suas análises eram profundas e claras. Elas ainda são referência no setor. Seu legado vai além da TV. Ele mostrou como conectar história e fatos técnicos.
Suas habilidades influenciaram profissionais como Danilo Lins e Leonardo Gaciba. Ele mostrou a importância de não desistir. Antero Greco será sempre lembrado no esporte brasileiro.