Cocoa Tea, ícone do reggae mundial

Por mais de 40 anos, Cocoa Tea, nome artístico de Colvin Scott, foi a voz que uniu o reggae jamaicano ao mundo. Sua morte, confirmada por Malvia Scott, sua esposa, é uma perda irreparável para a cultura musical. O artista gravou mais de 50 faixas, incluindo clássicos como “Roots Rock” e “Jah Jah”. Essas músicas marcaram décadas de festivais internacionais.

A triste despedida de Cocoa Tea: detalhes sobre seu falecimento

Cocoa Tea cantando em show

Um comunicado oficial confirmou a morte de Cocoa Tea, um ícone do reggae jamaicano. Isso aconteceu em 11 de março de 2025. A notícia chocou artistas, fãs e instituições, sendo vista como uma perda irreparável para a cultura musical global.

Causas da morte e últimos momentos

Malvia Scott, esposa de Cocoa T, falou sobre suas lutas. Ele tinha um linfoma desde 2019 e uma pneumonia recente. Em entrevista ao Jamaica Gleaner, ela contou:

“Recebi uma ligação cedo esta manhã dizendo que ele havia sido transferido de uma unidade para outra, pois estava vomitando”.

Cocoa Tea Musico lutou muito contra suas doenças. Mas ele sempre manteve a esperança, segundo familiares.

Reações imediatas da comunidade musical jamaicana

  • O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, falou: “Seus vocais suaves e letras envolventes nos deram clássicos atemporais”.
  • Artistas como Buju Iwalani e Chronixx homenagearam Cocoa Tea nas redes sociais.
  • Instituições culturais jamaicanas decidiram fazer um luto oficial por três dias.

Informações sobre o funeral e homenagens

O funeral será em Kingston. Haverá cerimônias religiosas e uma procissão pública. Cocoa Tea Musico deixou oito filhos, incluindo artistas que seguirão seu legado.

Além disso, haverão apresentações especiais em festivais como o Reggae Sunsplash e no Studio One Memorial Garden.

Quem foi Cocoa Tea: trajetória do lendário artista jamaicano

cocoa tea singing

Calvin George Scott, conhecido como Cocoa Tea, nasceu em 1959 na Jamaica. Desde jovem, seu talento musical emergiu em sistemas de som locais, que são a base do reggae, e transformou vozes de rua em canções que refletiam realidades sociais.

Suas gravações iniciais marcaram décadas. Hits como Young Lover, Waiting In Vain e Pirate’s Anthem consolidaram seu lugar na história do reggae. Seu estilo uniu raízes jamaicanas a experimentações modernas.

  • Fundador de coletivos musicais em Kingston;
  • Compositor de mais de 50 faixas inspiradas em movimentos sociais;
  • Influência em gerações de artistas caribenhos.

Como artista, ele usou letras para denunciar desigualdades. Suas canções misturavam esperança e resistência, elementos centrais de sua arte. A trajetória incluiu lutas pessoais, como o combate a doenças, mas sua obra permanece viva. Pai de três filhos, sua obra é herança cultural para amantes do reggae global.

A evolução musical de Cocoa Tea reggae ao longo das décadas

Cocoa Tea começou na cena musical jamaicana com um legado de inovação e autenticidade. Seus primeiros passos foram influenciados por Bob Marley e Dennis Brown. A musica era uma parte de sua vida cotidiana.

Suas raízes no gospel e no soul criaram um estilo único. Ele misturava espiritualidade e resistência.

Os primeiros anos e influências musicais

Antes de ser um ícone do reggae, Cocoa Tea cantava em igrejas e eventos comunitários. Suas influências foram:

  • Gospel: base para sua expressão emocional;
  • Bob Marley: referência para o uso político da música;
  • R&B: influência em harmonias vocais.

Principais álbuns e sucessos comerciais

Suas obras mais marcantes incluem:

  • “Rocking Dolly” (1980): símbolo de resistência social);
  • “I Lost My Sonia” (1985): crítica à violência urbana;
  • “Love and Unity” (1993): colaboração com Shabba Ranks.

Colaborações memoráveis com outros artistas

Parcerias com Cocoa T e Admiral Tibet ampliaram seu alcance. Com Cutty Ranks, em “Unity in Diversity”, ele uniu ritmos tradicionais a beats modernos. Isso mostrou sua versatilidade.

Mensagens políticas e sociais em suas canções

Seu apoio a Barack Obama em 2008 apareceu em canções como “Change Is Coming”. Elas usavam metáforas reggae para falar de justiça. Letras como “Freedom Road” falavam sobre direitos humanos e identidade negra.

O impacto cultural de Cocoa Tea na música reggae mundial

cocoa tea younger

Cocoa tea fez muito mais que hits famosos. Suas músicas, como “Rocking Dolly” e “I Lost My Sonia”, mudaram o reggae. Ele conectou as tradições jamaicanas com o mundo moderno. Fundou a Roaring Lion Records em 1997, abrindo caminho para novos talentos.

  • Lançou 200+ faixas, marcadas por letras políticas e melodia acessível.
  • Canções como “Barack Obama” (2008) levaram o reggae a públicos não falantes de patois.
  • Influenciou artistas como Buju Banton, presente no concerto “Long Walk to Freedom” de 2019.

O reggae global hoje reflete sua herança, ele manteve as raízes jamaicanas, mas adaptou o gênero para novos ouvintes. Em 2023, dados mostram:

  1. O mercado mundial do reggae atinge US$500 milhões anuais.
  2. 10% de todas as transmissões globais de música são de reggae.
  3. Festivais atraem 1 milhão de pessoas/ano, com 25% de turistas internacionais.

Seu legado é visto em estatísticas: 40% dos ouvintes do reggae têm menos de 25 anos. Isso mostra que a herança de Cocoa Tea ainda vive. Suas músicas, com mensagens sociais e ritmos dançantes, tornaram o reggae um fenômeno transgeracional.

Tributos e manifestações de fãs e artistas brasileiros

O legado de Cocoa Tea na musica brasileira é sentido em cada nota de suas canções. Isso se reflete em artistas que se inspiraram em sua arte. No Brasil, sua influência é sentida não só entre fãs, mas também entre compositores e bandas.

Reconhecimento da sua influência no cenário musical brasileiro

Artistas como Gilberto Gil e Seu Jorge falaram sobre a importância de Cocoa Tea para suas carreiras. Suas letras sobre justiça social e resistência inspiraram movimentos musicais no Brasil. Por exemplo, o reggae brasileiro e o rap.

Em festivais como o Salvador Reggae Festival, suas músicas são muito tocadas. Covers de clássicos como “Africa Must Unite” são comuns, mantendo sua memória viva.

Eventos especiais em homenagem ao músico no Brasil

Após sua morte, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro fizeram sessões de homenagem. No Sesc Pompeia, um tributo reuniu jovens músicos tocando suas obras. Isso mostra sua conexão com causas sociais.

Ativistas e fãs também criaram redes sociais para compartilhar histórias. Eles contam como suas canções inspiraram lutas locais por igualdade. Esses gestos destacam seu papel como ícone transcontinental.

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